terça-feira, 4 de setembro de 2012

Alergia pelo avesso

Semana passada consegui ter uma reação alérgica bem inusitada, que eu chamei de "alergia do avesso". Vejam só como foi:

Eu peguei uma virose feia e precisei ir ao hospital tomar alguns medicamentos e soro (pois é, nem tudo são flores). Quando o médico me perguntou se eu tinha alergia a Dramin e Buscopan, respondi imediatamente que não, já tomara esses remédios em outras ocasiões.

Os remédios foram dados direto na veia, junto com o soro. Como a minha veia é muito fina e a agulha mais parecia um canudo, a veia estourou, criando aquela bola de medicamento + soro por baixo da pele. Uma cena linda e bem dolorida para animar um dia de virose e fila de espera no hospital. Tudo bem, acha-se outra veia na mão (ui) e a medicação é dada sem problemas.

Já em casa e acordada após o Dramin, começo a perceber que o meu braço está coçando, bem no lugar que estourou a veia. Estranho, hematoma não costuma coçar e quando saí do hospital estava tudo normal.

A alergia começou assim, humilde:

Região rosada, coçando e inchando no antebraço.
E em algumas horas ficou assim:
Inchado, quente, coçando e com bolhas.
Uma coisa que eu sei fazer bem é reconhecer quando estou com alergia, e aquela coisa no meu braço definitivamente era uma. O estranho foi aparecer apenas nesse local onde o líquido do medicamento havia se acumulado sob a pele, e não no outro local por onde recebi a mesma medicação.

Comparando com outras alergias que tenho, essa parecia muito com a dermatite de contato, pois atingiu bem a região que havia tido contato direto com o medicamento, só que por baixo da pele.

Fui pesquisar na internet a bula do Dramin injetável e eis que eu encontro............... Tchã nã nan..........

Propilenoglicol!

Isso mesmo, meu doce inimigo estava lá na bula do remédio.

Suponho que a minha alergia a ele se relacione realmente com o CONTATO direto com a pele, caso contrário eu teria tido uma reação alérgica generalizada, já que a substância foi injetada diretamente na minha veia. 

Não sei se, do ponto de vista médico-científico, essa é a explicação correta para a reação que tive no braço, pode ser uma bobagem completa, mas é a minha explicação pessoal e que me deixou mais tranquila.

Para controlar a reação, que estava cada vez pior (de madrugada, é claro),  passei muito gelo (quase congelei meu braço), pomada com corticóide e tomei antialérgico.

Não sei o que resolveu, mas no dia seguinte estava desinchado e menos vermelho. Hoje, 5 dias depois, está quase imperceptível a marca na pele.

Lições aprendidas:
1) Cuidado com a composição de medicamentos injetáveis.
2) A alergia não me larga nem quando estou de cama com virose, me poupa!





3 comentários:

  1. Oi Fernanda
    Meu nome é Cris e já postei comentários antes,pois é,comigo aconteceu isso com o colírio.Fuis a vários médicos e cada um diagnosticava uma coisa diferente:olhos secos,conjuntivite,alergia a algum produto usado no rosto enfim,a cada colírio novo meu olho piorava até que descobri "por conta própia" que todos o colírios possuem timerosal com conservante e detalhe mostrei para todos os oftalmos minha lista com as alergias....um abraço,Cris.

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    1. Oi Cris! Acho que os médicos tem dificuldade em entender que há muito mais em um medicamento do que o princípio ativo... Eu ando pedindo para ler a bula antes de eles fazerem a receita, já que estou acostumada a reconhecer os inimigos rapidinho.
      Que bom que vc descobriu a causa para o seu problema do olho!
      Um abraço,

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  2. Estou com a mesma alergiaque medicamento você tomou ?..
    É tipo dar um coceira no num lugar dps tipo corre pra outro lugar como se fosse uma veia

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